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Confira!


O prefeito Sebastião Melo tem se negado a repor a inflação do seu período de governo aos servidores, mas reajustou os contratos dos serviços terceirizados, inclusive os do governo anterior. Demorou para receber a Direção do Simpa (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) para discutir a data-base, não apresentou proposta aceitável, foi adiando agendas, alegando que precisava analisar condições financeiras.

Com a justificativa da necessidade de fazer “ajustes no caixa” da Prefeitura, propôs parcelar a inflação do ano de 2021, negando os quatro meses de seu governo em 2022, que fazem parte do período da data-base.
Em 2022, o IPCA já acumula alta de 4,78%. Metade do que o governo está propondo repor, a inflação desse ano já comeu. Ainda, a cada nova parcela perderemos o valor da reposição.

O malabarismo do prefeito para maquiar a vergonhosa proposta iniciou em abril. Incluiu na folha, a parcela de 4% e, em maio, repôs parte da inflação do vale alimentação.

Aí vem a cereja do bolo: anuncia antecipar 50% do décimo terceiro dos servidores para o dia 15 de julho, o que o caixa agora ajustado suportaria.

Uma vergonha! Nega repor a inflação, o que a lei obriga, não avança na negociação com o Simpa, tenta fazer “agrado” aos servidores com o dinheiro que nos é devido. Isso é debochete! Mete a mão no nosso bolso e finge devolver com adiantamento do décimo.

No fim do ano, apresentará superávit nas contas. Ou seja, vai dizer que economizou dinheiro no caixa da Prefeitura.

Economizar dinheiro deixando de pagar contas não é economia, é CALOTE, “contabilidade criativa”.

Exigimos respeito ao que nos é devido. Nada estamos mendigando. Nem a cidade vai mendigar.

O povo não quer superávit das contas, quer água nas suas casas, atendimento nas unidades de saúde, atendimento da população vulnerável no cadastro de programas sociais, alimentação saudável e de qualidade para as crianças nas escolas, segurança, planejamento e objetividade na organização da cidade.

Isso seria garantido com servidores suficientes e valorizados.

A pandemia ainda não passou, o surto de dengue segue se alastrando e com o frio aumentam as doenças respiratórias. Isso aumenta a carga de trabalho dos servidores públicos já sobrecarregados por falta de pessoal, sucateamento das condições de trabalho, de veículos, materiais e equipamentos, prejudicando os serviços.

A cidade exige respeito. Pague as contas, Melo! Trabalhe pra toda a cidade!

 

Artigo publicado no Sul21

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