A Associação dos Técnicos de Nível Superior do Município de Porto Alegre (Astec) manifesta seu apoio à Cozinha Solidária da Azenha, que visa à busca de uma alimentação a pessoas que se encontram em situação precária, sem as condições mínimas de sobrevivência, devido à falta de políticas públicas adequadas.
A ocupação foi implantada no domingo, 26 de setembro, sob coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e, desde então, tem servido entre 150 e 200 almoços por dia, atendendo a uma grande diversidade de pessoas. Anteriormente, a área havia sido declarada de Interesse Público para fins habitacionais pelo governo federal, mas, posteriormente, houve alteração, sendo destinada para leilão, marcado para o próximo dia 13 de outubro.
A pandemia tem afetado significativamente a vida das pessoas. Soma-se a isso a falta de projetos sociais, nas esferas federal, estadual e municipal, em especial, alimentação e moradia destinadas aos mais pobres, que tem levado a consequências sociais preocupantes quanto à exclusão social e marginalização de trabalhadores desempregados sem renda e informais com ganhos insuficientes, sem condições dignas de sobrevivência e que buscam os espaços públicos para alojamento, e passando a depender de doações de outras pessoas para poderem se alimentar.
A ocupação de um imóvel público abandonado e com projeto anterior de destinação para moradia também visa a demonstrar que aquela área deve cumprir função social ao invés de ser entregue à especulação imobiliária. Essa função social vem sendo demonstrada já nesse curto período de funcionamento da Cozinha Solidária, visto estar atendendo minimamente cerca de 200 pessoas, diariamente.
O poder público tem o dever de criar políticas públicas destinadas à moradia popular e programas de alimentação básica para atender ao crescente grau de vulnerabilidade social que culmina com cada vez mais pessoas em situação de miserabilidade nas áreas urbanas.
Astec
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