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Biblioteca da Smamus | Astec questiona a Secretaria sobre projeto de reforma e segurança do acervo

Prof.ª Carmen Padilha, presidente, e bibl. Carmem von Hoonholtz, diretora Cultural da Astec; Germano Bremm, secretário da Smamus; Alex Pereira de Souza, diretor de Áreas Verdes, e Joaquim Cardinal, chefe de Gabinete | Foto: Ruvana De Carli/CarliCom/Astec

A presidente da Astec, prof.ª Carmen Padilha, e a diretora Cultural, bibl. Carmem von Hoonholtz, se reuniram, na manhã desta quarta-feira (25/06), com o secretário Germano Bremm, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade de Porto Alegre (Smamus). Em pauta, a preocupação da entidade quanto às condições de  continuidade do funcionamento da Biblioteca Jornalista Roberto Eduardo Xavier, instalada no prédio da Secretaria. A preocupação se deve a questionamentos encaminhados à Astec por servidores a respeito do fechamento temporário do espaço para “reforma e modernização”, como definido pela gestão do órgão. Também participaram o diretor de Áreas Verdes da Secretaria, Alex Pereira de Souza, e o chefe de gabinete, Joaquim Cardinal.

Na oportunidade, a presidente da Astec lembrou que, fundada em 1976, essa foi a primeira secretaria de meio ambiente do País, cuja biblioteca é referência, com a responsabilidade de ser guardiã de vasta documentação de caráter técnico-científico da área ambiental e de preservar riquíssimos acervos de ambientalistas históricos, dentre os quais, a ativista Magda Renner e a bióloga Maria do Carmo Sanchotene.

“A Astec buscou essa reunião com o objetivo de entender a proposta que a Secretaria define como de reforma e modernização; qual é a previsão de tempo de fechamento; e como será acondicionado o acervo durante a reforma, para assegurar a sua preservação e dos serviços prestados aos usuários da biblioteca, com a qualidade necessária”, explicou Carmem Padilha.

De acordo com o secretário Germano Bremm, o prédio da Secretaria está muito depreciado e apresenta problemas estruturais. Assim, a intenção é qualificar o ambiente de trabalho por meio de investimentos de um parceiro interessado: o Instituto Jama, organização social privada, ligada à família Sirotsky, do Grupo RBS.

“A ideia não é se desfazer do acervo, nem encerrar as atividades. O acervo técnico precisa ficar e ser qualificado. O acervo literário e de educação ambiental está sendo encaminhado para a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, no Centro Municipal de Cultura”, disse o secretário Germano Bremm.

A diretora Cultural, Carmem von Hoonholtz, reforçou a necessidade da orientação técnica de bibliotecários durante todo o processo.

“Os documentos balizadores da legislação ambiental e os acervos históricos que foram incorporados pela Secretaria ao longo do tempo exigem um tratamento especializado adequado”, explicou Carmem von Hoonholtz, que foi a primeira bibliotecária da SMAM, hoje Smamus. Também destacou a importância de que a inserção desses documentos no Sistema Pergamum para consultas públicas seja realizada por bibliotecários, que são os profissionais devidamente habilitados para esse fim.

Conforme o diretor de Áreas Verdes, Alex Pereira de Souza, as bibliotecárias da Smamus, que têm expertise no tratamento desse tipo de acervo técnico-científico, estão apenas temporariamente cedidas à Procuradoria Geral do Município, mas o seu retorno à Smamus já está combinado. Afirmou, ainda, que toda a movimentação do acervo foi orientada e segue sendo acompanhada pelas profissionais.

“Hoje uma arquiteta está desenvolvendo o projeto como extensão do atual auditório. A ideia é trabalhar com expositores mais compactos no andar térreo, qualificando aquele espaço com acesso ao jardim e, no andar superior, salas de uso comum agregadas à biblioteca. O acervo técnico e os acervos de ambientalistas permanecerão aqui. Temos responsabilidade, queremos melhorar”, garantiu o diretor de Áreas Verdes da Smamus.

A Astec seguirá acompanhando a reforma do espaço da Biblioteca da Smamus, na certeza de que esse espaço qualificado tem importante papel a cumprir na preservação e construção de conhecimento técnico-cientifico, essencial neste momento de emergência climática.

A entidade permanece alerta também quanto à informação do secretário Germano Bremm de que a demanda por consultas ao acervo técnico é muito pequena, questionando se isso não é resultado de uma política de licenciamento ambiental que abre mão de critérios técnicos claramente delimitados.

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