domingo , abril 28 2024
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A cidade que o governo municipal quer esconder – educação e saúde

Foto: Eduardo Beleke/PMPA

Cada porto-alegrense enxerga nossa cidade a partir do seu próprio ponto de vista. Porém, às vezes, parece que o Rio Grande do Sul tem duas capitais:  a que está na publicidade e nas entrevistas dos representantes do governo Melo; e outra, em posição diametralmente oposta, na qual é visível o desmonte das estruturas que deveriam atender as necessidades da coletividade. Esse desmonte impacta inúmeras áreas, que passarão a ser tratadas em uma série de publicações feitas pela Astec, a partir de agora.

Educação

O recente escândalo dos materiais escolares comprados sem consultar especialistas e armazenados sem qualquer critério, em um montante superior a R$ 100 milhões (que não foram – e agora descobre-se que, de fato, não podem ser – utilizados), é apenas o episódio de descaso que ganhou maior visibilidade na área da rede municipal de educação de Porto Alegre. Ao longo de 2022, vereadores da capital já denunciavam as irregularidades dessas compras, com fortes indícios de corrupção que mereciam ser investigados, mas que somente neste ano receberam a devida atenção por parte da prefeitura. Hoje, essas compras estão sendo investigadas pelo Ministério Público de Contas; por duas CPIs da Câmara Municipal, que agora atuam de modo unificado; e por uma auditoria da própria prefeitura. Todos esses movimentos repercutem na grande mídia, dando conta de que havia interesse apenas em efetuar as compras, não em aprimorar a educação da rede pública municipal.

Área sensível, na educação municipal também há falta de professores e monitores, tanto no âmbito da educação infantil como de séries iniciais. Faltam, ainda, professores de matérias específicas, como português, matemática e outras, prejudicando os estudantes. Muitos alunos estão sem aulas por causa disso. Na Restinga, por exemplo, há 600 crianças fora da escola, por falta de vagas.

Já quem tem vaga assegurada, nem sempre pode contar com a merenda adequada porque as cozinheiras e merendeiras são terceirizadas e nem sempre têm seus salários pagos pela empresa na data devida. Por isso, essas trabalhadoras não têm condições de se deslocar e faltam ao trabalho.

Saúde

Na área da Saúde, faltam dentistas, ginecologistas, clínicos gerais e outros profissionais nos postos da rede básica. Com 96% dos postos de saúde terceirizados e a gestão transferida para organizações sociais hospitalares que não têm experiência com atenção básica em saúde (prevenção e promoção), os problemas se acumulam. As emergências estão lotadas com casos que deveriam ser atendidos nos postos. Além disso, a falta especialistas em diversas áreas praticamente dobrou a fila de espera nos últimos anos – a maior fila é para consultas de Fonoaudiologia. Na área de Saúde Mental e outras especialidades, é preciso aguardar mais de dois anos pelo primeiro atendimento.

Nos últimos cinco anos, não houve reposição dos profissionais de carreira que se aposentaram – somente de 32% a 34% das vagas abertas foram preenchidas, reduzindo, assim, o número de profissionais disponíveis para atender a população.

Como os graves problemas do governo Melo não se limitam às áreas da educação e da saúde, nas próximas semanas, a Astec abordará outros campos nos quais a cidade também precisa de gestão eficaz para atender às necessidades dos porto-alegrenses.

 

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