DEFESA DA AFM E PERFIL DO MUNICIPÁRIO DÃO TOM EM EVENTO DA ASTEC PELA SAÚDE INTEGRAL DO TRABALHADOR
“A saúde do funcionário municipal tem de passar pela AFM”, defendeu o presidente da Astec, médico Julio César Portanova da Rocha, encontrando eco nas palavras da saudação de abertura da secretária da Administração, Sônia Vaz Pinto: “não podemos nos esquecer da AFM que faz todos os esforços porque é a única, sozinha, que atende os municipários das faixas salariais menores”. As idéias foram ouvidas no evento promovido pela Astec, preocupada com a saúde integral do municipário, em alusão ao Dia Mundial da Saúde (07/04) e Dia Mundial de Vítimas de Acidentes do Trabalho (28/04), que se realizou no auditório da SMA, na tarde da quinta-feira, 26/4. E é no segmento dos menores salários que há, inclusive, servidores sem condições de manter atualizada sequer a mensalidade dessa Associação, como explica a pedagoga Silvana Moraes, Diretora de Assuntos Funcionais do Simpa e Coordenadora do GT Saúde do Sindicato. Em um dos painéis realizados, ela explicou o processo que está sendo implementado pelo Simpa para regulamentar o IAMPA – Instituto de Assistência do Município de Porto Alegre. Criado pela Lei 6819/91, “a AFM estará entre os possíveis parceiros, caso o Instituto venha a se tornar realidade”, assegura Silvana Moraes.Segundo ela, as negociações estão em curso junto ao governo e “a Secretaria da Administração está licitando a contratação de cálculo atuarial, para verificar a viabilidade econômica”. “Contribuir para a qualidade de vida/felicidade” é a preocupação do Programa Qualidade de Vida do Servidor (Decreto 15.012, de 13/12/205), apresentado por sua coordenadora, a psicóloga Elizabeth Mendes Ribeiro da Rocha, ela mesma servidora da PMPA há 26 anos. O trabalho tem três objetivos: primeiro, construir uma identidade de municipário, a partir do estímulo ao sentimento de pertença, do reconhecimento do grupo; segundo, trabalhando com o gerenciamento do estresse e, por fim, de saber como as pessoas se relacionam no trabalho. O trabalho foi motivado pelo questionamento não do absentismo, mas do presenteísmo, que é a mulher comparecendo doente ao trabalho, com dor-de-cabeça, hemorragia, depressão. O Grupo de Aconselhamento em Saúde Médico-Psicológica para Mulheres de 40 a 65 anos, foi iniciado em 2005, com 12 módulos, envolvendo várias secretarias na busca de troca de experiências e enriquecimento do mundo afetivo das funcionárias, entre outras metas. As interessadas em se inscrever, podem fazê-lo através do e-mail elizabethp@sma.prefpoa.com.br . No campo das interrelações sociais, políticas e econômicas são abordadas, em especial, as demandas para inclusão das pessoas com deficiência, como esclarecimento dos aspectos legais, Braille e Libras. Mas, a culminância do Programa deverá ser o Atlas dos Servidores Públicos Municipais, proposto pelo Instituto Histórico e Geográfico do RS, em parceria também com o IBGE e o governo do Canadá, utilizando um sistema desenvolvido pela NASA. Trata-se do mapeamento de um grande número de informações sobre cada servidor, possibilitando, através de cruzamento, inferências fundamentais para o estabelecimento de políticas públicas eficazes para a garantia da saúde do municipário. “Já estamos caminhando para isso”, ressalta Elizabeth, “posto que o IBGE anunciou nesta semana para todo o Brasil que Porto Alegre é referência no país em dados que formam o perfil do servidor público. Temos a maior amostra da América Latina.” O censo ainda não está concluído, mas a painelista apresentou alguns dos dados já finalizados, sobre a Administração Centralizada: Total de servidores: 18.745 Homens: 8.676 (486,28%) Mulheres: 10.069 (53,72%) Idade média total: 45 anos Mulheres acima dos 40 anos: 7.930 (42,3% do total de servidores da Adm. Centr.) Outra iniciativa no sentido de tornar ainda mais claras as condições em que trabalha o servidor é o estudo que vem sendo desenvolvido pela Assistente Social e Especialista em Saúde Pública, Jandira Santos. Mestranda em Saúde Coletiva, pela Ulb