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Núcleo Astec/SMAM avalia movimento do dissídio 2014 e greve dos servidores

Confira o relato resumido do Núcleo Astec da Secretaria do Meio Ambiente sobre os encaminhamentos das negociações e mobilizações com o Simpa.

 

Confira o relato resumido do Núcleo Astec da Secretaria do Meio Ambiente sobre os encaminhamentos das negociações e mobilizações com o Simpa – Sindicatos dos Municipários de Porto Alegre.

Aos Servidores do quadro SMAM
 
Passado o período da greve, é importante fazermos uma avaliação (poderão haver outras) sobre o Dissídio 2014 e a Greve dos Servidores PMPA:
 
1. O RESULTADO:
Pode-se considerar como avanços a reposição integral do IPCA de 6,28%, aumento de R$ 2,00 no vale-alimentação, reajuste vinculado ao salário mínimo dos padrões básicos retroativo a janeiro 2014, compensação dos dias de greve, maior compromisso na elaboração de Plano de Carreira e Plano de Saúde. A proposta inicial previa IPCA parcelado até 2015 e R$ 0,97 no Vale Alimentação, não vinculava os padrões básicos ao salário mínimo. Os Planos de Saúde e de Carreira, apesar do comprometimento assumido,  continuam uma promessa um tanto vaga à qual devemos estar atentos;
 
2. A MOBILIZAÇÃO E A GREVE:
A forma de negociação deixou claro o quanto a Administração valoriza seus servidores. A relação na negociação teve várias fases: 1ª) desprezo: dois meses após a entrega da pauta a PMPA não havia sequer avaliado as reivindicações; 2ª) deboche: após marcada a greve, o Prefeito apresentou uma proposta aos servidores e outra diferente à imprensa, numa tentativa clara de ridicularizar a greve e negando-se a dialogar; 3ª) mentiras e ameaças: foram inúmeras tentativas de esvaziar o movimento, de só negociar após retorno ao trabalho, de colocar a população e a imprensa contra o funcionalismo, colocar a Brigada Militar para reprimir trabalhadores, divulgar que a greve era fraca e de uma minoria, descontar os dias paralisados, retirada de FGs etc; 4ª) reconhecimento: diante do crescimento da greve, do apoio da população e questionamentos por parcela da Câmara de Vereadores,  a Administração passou a tratar com mais seriedade a negociação e a reconhecer a força da mobilização, mesmo sem avançar nas propostas; 5ª) fase da negociação: somente após 10 dias de greve e muita pressão, a Administração começou a indicar possibilidade de negociação, sendo que, no 12º dia, a greve teve fim com alguns avanços importantes, algumas pendências e alguns pontos não negociados;
 
3. AS CONDIÇÕES DE TRABALHO:
No período de mobilização e greve também vieram à tona as péssimas condições de trabalho que ocorrem não em secretarias isoladas, mas em todas as secretarias, com falta de equipamentos, veículos e prédios, bem como a precariedade do trabalho em vários casos e a consequente baixa qualidade na prestação de serviço à maioria da população. Servidores estão adoecendo física e psicologicamente devido à pressão do trabalho e falta de reposição de pessoal. Este é um tema prioritário que precisa ser tratado pela Administração;
 
A mobilização começou bem antes do início da greve, com várias assembleias, reuniões por setores e por núcleos. Os servidores não só entraram na greve, mas participaram ativamente das caminhadas e manifestações públicas, se manifestaram em redes sociais, houve apoio de vários vereadores, vários sindicatos e entidades sociais, o que deu bastante visibilidade e apoio popular à luta dos servidores. Algumas avaliações dão conta de que a greve deveria continuar por mais tempo, pois entraria numa fase de embate maior e poderia conquistar ganhos reais, porém, a maioria optou por findar a greve e continuar a mobilização e cobranças. A mobilização teve papel importante também na retomada da capacidade de união e resgate de maior respeito aos servidores por parte dos administradores de plantão.
 
Já está agendada Assembleia Geral dos Servidores para meados de agosto para avaliar e cobrar o andamento dos pontos negociados no encerramento da greve. A data e local serão divulgados oportunamente pelo Simpa.
 
 
 
Irineu Foschiera
Comissão de Mobilização Smam

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