domingo , abril 28 2024
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Implacável fim | Homenagem a Sérgio Brum

* Elaine Rosner Silveira

Nunca mais te veremos, nunca mais te ouviremos. Como é possível alguém desaparecer assim, de repente, de um dia para outro? Ontem nos reunimos e conversamos, hoje já não mais és.

 

A morte é rainha que reina sozinha

Não precisa do nosso chamado

Recado

Pra chegar.

 

É implacável, sempre sabida, mas, ainda assim, inesperada. A implacabilidade do desaparecimento. Não foi de covid: do alto dos teus 69 anos te cuidavas das aglomerações e pedias sempre reuniões virtuais ou híbridas. Mas parece que não te cuidaste da diabetes e do cigarro – às vezes, através do vídeo, te víamos fumando. A família preferiu não fazer a necropsia, para quê machucar o corpo. Por isso, desconhecem a causa exata, provavelmente foi enfarte.

 

Súbito colapso

Pode ser a forma da morte chegar.

 

Assim te foste, num colapso súbito, dormindo, sem dor. Disseram que tal como a pessoa serena que eras, morreste serenamente. Após ter conversado tarde da noite, ao telefone, com a jornalista da associação, sobre os últimos ajustes num material a ser divulgado no dia seguinte. E, após ter contado ao filho do teu interesse, no momento, em aprender sobre um certo programa de computador – eras curioso e antenado com as novidades, uma pessoa atualizada.

 

No dia seguinte

O seguinte falhou.

 

Quando soube da notícia, não acreditei. Ninguém acreditou. Tristeza sem fim.

 

Amigos homens e mulheres chorando, se abraçando, tentando se consolar, cada um falando de como te conheceu e o que viveram juntos ao longo dos anos. Penso em por que os bons estão indo embora. Foste cedo demais. Merecias ficar. Merecíamos te ter por mais tempo. E aprender mais contigo.

Junto a tua família não pude deixar de te elogiar, não foi forçado nem mera formalidade, eras alguém realmente memorável. Fiquei sabendo por eles que também tinhas por mim apreço e consideração. Um amigo.

Foste um agregador. Podias estar nas piores lutas, até o inimigo parava para te ouvir. Foi muito bom estar ao teu lado da trincheira, nas batalhas da vida. Farás falta. Não é só a morte que reina, também tua memória reinará. Jamais serás esquecido: pelas tuas obras, pelas tuas ações e pelas tuas palavras, por tudo que construíste e pelo que não poderás mais nos ajudar a construir.

* Psicóloga, associada da Astec

Neste 4 de novembro, completam-se seis meses do falecimento do eng. civil Sérgio Luis Brum, vice-presidente da Astec.

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