
Reunidos em assembleia geral, na tarde desta terça-feira (08/04), os municipários de Porto Alegre decidiram se manter em greve e em assembleia permanente.
Na parte da manhã, representantes do governo se reuniram com representantes da categoria e apresentaram como proposta: “reposição salarial de 4,83%, com parcelamento que poderá ser estendido até 2026; e 4,83% de reajuste imediato no vale-alimentação”.
A categoria considerou insuficiente a proposta, que sequer mencionou os demais pontos da Pauta Unificada de Reivindicações, e permanece em greve e em assembleia permanente, no aguardo de um compromisso da Administração com a reposição do índice inflacionário, que é de 33,4%.
No 8º dia de greve, servidores seguiram mobilizados
Músicas e discursos fizeram parte da mobilização dos municipários em defesa dos servidores e do serviço público de qualidade, na manhã desta terça-feira, em torno do prédio da Secretaria Municipal da Administração e Patrimônio (SMAP).
À tarde, a categoria se deslocou pelas ruas do Centro Histórico, até o Centro de Eventos Barros Cassal, onde foi realizada a assembleia geral.
Municipários ocupam as ruas da cidade contra a entrega do patrimônio do DMAE à iniciativa privada e reivindicam reposição da inflaçãoque já corroeu mais de 1/3 dos salários
Fotos: Ruvana De Carli/CarliCom/Astec
Desde o dia 20 de março, quem cuida da cidade está nas ruas informando a população sobre o caos que se abate sobre a Porto Alegre real, muito diferente da capital que aparece nas propagandas pagas a peso de ouro pelo governo do município.
Na segunda-feira (07/04), os servidores públicos do município de Porto Alegre completaram uma semana de greve, sempre com ruas ocupadas pela categoria para dar visibilidade às verdadeiras condições de trabalho.
Pela manhã, os servidores em greve se concentraram em frente ao DMAE da Av. Princesa Isabel. De lá, saíram em caminhada, pelas avenidas São Manoel e Ipiranga, até a frente do prédio da FASC. Com dezenas de faixas e cartazes, cantando paródias e palavras de ordem, os municipários se posicionaram contra a implementação da política de desmonte dos serviços públicos, como:
- a extinção da FASC, com o desmonte das políticas de assistência social do município;
- o desmantelamento da estrutura do DMAE, sem concurso para repor os funcionários do quadro que se aposentaram, e a incorporação do DEP;
- o afastamento das direções de escola eleitas democraticamente pelas comunidades;
- além da falta de pagamento das progressões, compromisso assumido e não cumprido pelo prefeito Sebastião Melo, desde 2023;
- e os salários corroídos pela falta de reposição dos índices inflacionários, com perdas que já atingiram 33,4%.
Nas faixas, dizeres como:
- 300% de superlotação das emergências em POA;
- Melo aumentou seu salário em 62% e para municipários deve 33,4% de reposição;
- Pousada Garoa: 11 mortos e três indiciados foram promovidos pelo Melo (ganharam cargos comissionados com bons salários em outras secretarias apesar de terem sido indiciados);
- Governo Melo: 100 milhões de corrupção.
Agende-se para esta terça-feira (08/04)
9h – Vigília no CAM (reunião com governo às 11h) – Rua João Manoel, 157
15h30 – Assembleia Geral (1ª chamada) para avaliação do movimento (Rua Barros Cassal, 220)
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