Na última terça-feira, dia 05, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre realizou reunião para debater a falta de servidores públicos para o atendimento básico na área de saúde em pronto-atendimentos e hospitais da Capital. A pauta proposta pelo vereador Aldacir Oliboni demonstra a preocupação dos vereadores que compõem a Cosmam com a falta de atendimento às pessoas doentes que necessitam desse serviço básico, que se encontra em condições precárias, como há tempos vem sendo denunciado pelo Simpa e associações de servidores.
Membro da comissão, o vereador Oliboni observou que “mesmo com a renovação de alguns concursos na área da saúde, ocorrida durante a pandemia da Covid-19, poucos servidores foram convocados a assumirem os cargos vagos, restando várias vagas não preenchidas. Mesmo assim, profissionais concursados não são chamados”.
Segundo o vereador José Freitas, que também integra a Cosman, “a espera pelo atendimento nos postos de saúde tem ficado em torno de até oito a doze horas. Precisamos de uma resposta da prefeitura para que haja cobertura de serviços públicos na área da saúde”.
A terceirização do atendimento tem se revelado incapaz de atender às demandas básicas na área de saúde. O diretor-geral do Simpa, João Ezequiel da Silva, que também é servidor da saúde, lembra que a orientação do SUS é para que a terceirização na saúde seja apenas complementar, porém, em Porto Alegre, ocorre o inverso, com 87% dos postos da atenção primária administrados por empresas terceirizadas.
Mesmo com a explicação da Coordenadoria de Urgências, de que concursados estão sendo chamados para suprir essa carência no atendimento, o preenchimento das vagas é muito lento e faz com que haja sobrecarga de trabalho dos profissionais e longas filas de espera.
Fazem parte da Comissão de Saúde na Câmara os vereadores Cláudia Araújo, Lourdes Sprenger, Aldacir Oiboni, José Freitas, Mônica Leal e a psic. Tanise Sabino.
A Astec se soma à Cosmam e entidades que cobram maior celeridade nos processos de convocação de concursados e abertura de novos concursos para suprir as demandas da população, em especial os habitantes dos bairros mais afastados onde a única opção reside nos serviços prestados pelo município. A terceirização propagada como solução tem se mostrado incapaz de suprir sequer o atendimento básico necessário em relação à saúde da população.
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