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Painel Meio Ambiente e Sustentabilidade na Vida Urbana: uma aula e tanto!

Biól. Magda Satt Arioli; Eng. Agrôn. Irineu Foschiera; Bel. Alexandro Cardoso; Eng. Quím. Eduardo Fleck; e biól. Paulo Brack

Confira a transmissão do evento pela TV Astec, no YouTube, ou pela página da entidade no Facebook.

Alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6), instituído pela ONU para lembrar a importância da preservação dos recursos naturais, o painel “Meio Ambiente e Sustentabilidade na Vida Urbana”, realizado na noite de 10 de junho, foi uma verdadeira aula sobre o tema. Reunindo a visão de especialistas sobre diferentes aspectos da destinação do lixo produzido pela cidade, o evento foi aberto pelo presidente da Astec, eng. agron. Irineu Foschiera, que lembrou as lives anteriormente realizadas pela entidade sobre assuntos relevantes da cidade, para a sua população e seus servidores. Ele também destacou o papel dos técnicos e as grandes dificuldades que a categoria vem enfrentando nos últimos anos, decorrente da política de desmonte do serviço e da carreira dos servidores públicos.

A moderação do painel ficou a cargo da bióloga Magda Satt Arioli, que questionou o preço ambiental de tantas mudanças de ações e procedimentos que temos adotado em todo o território nacional.

Primeiro painelista da noite, o eng. químico Eduardo Fleck descreveu como simples a possibilidade de convivência entre os resíduos sólidos e o meio urbano. Há porém, condicionantes para essa convivência: a educação e a responsabilidade. “Não haveria problema com resíduos sólidos se as pessoas tivessem responsabilidade pelos resíduos gerados”, explicou. Fleck também apresentou informações assustadoras sobre a quantidade de resíduos poluentes e tóxicos jogados diariamente no aterro sanitário e sobre o baixo percentual encaminhado aos pontos de coleta do DMLU.

Ao comentar o papel do órgão ambiental municipal e o protagonismo das equipes técnicas na gestão ambiental, o professor Paulo Brack lembrou o período em que, como acadêmico de biologia, teve oportunidade de conhecer as estruturas da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMAM, à época. “O orquidário, que funcionava no Parque Farroupilha, com os técnicos explicando os detalhes sobre as plantas e os cuidados provocou minha inclinação para a botânica”, contou. Mas, há alguns anos, o orquidário foi desmontado e seu fantástico acervo foi remanejado ao viveiro municipal, que também foi desmatelado. Segundo o biólogo, as aposentadorias dos técnicos especializados sem reposição de pessoal, são outro fator de esvaziamento das boas práticas na área da gestão ambiental, em Porto Alegre.

Último palestrante da noite o catador de materiais recicláveis Alexandro Cardoso apresentou a cronologia da reciclagem, em Porto Alegre, a partir do dia 7 de julho de 1990, durante a administração de Olívio Dutra, na prefeitura. Inicialmente, implantados 12 galpões de reciclagem, a um custo quatro vezes maior do que a coleta realizada até então, o que representou, além de um tratamento ambientalmente mais adequado para os resíduos, geração de emprego e renda para a população da periferia. “Entrentanto, passados 31 anos, toneladas de resíduos orgânicos ainda são enviados a um aterro sanitário, os trabalhadores da reciclagem são exremamente desvalorizados e muitíssimo mal remunerados”, afirma Alexandro, para quem a política de desmonte da reciclagem de resíduos em Porto Alegre atende interesses da iniciativa privada.

Ao final de sua palestra, Alexandro apresentou seu livro, lançado ontem, “Do lixo a bixo – a cultura dos estudos e o tripé da sustentação da vida”. Clique aqui para saber mais sobre a publicação.

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