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Confira artigo do presidente da Astec

O isolamento social, um dos mais eficazes remédios conhecidos para retardar o alastramento da COVID-19, trouxe a necessidade de utilizarmos outros meios para executarmos nosso trabalho e exercitarmos o necessário convívio social. Hoje, a maioria das pessoas que dominam o uso de um telefone celular, de um computador e/ou de outros dispositivos móveis  são capazes de fazer reuniões virtuais, seminários, cursos  com uso do Skype ou outros aplicativos, acessar remotamente computadores de seu local de trabalho, interagir em sites de bancos e empresas, fazendo pagamentos, comprando produtos e serviços, agendando consultas e até fazendo consultas médicas.

Já vai longe o tempo em que somente existiam em formato papel livros, documentos, fichários, catálogos, guias, anúncios em jornais e revistas etc. como únicos suportes disponíveis para acessar dados ou conhecer produtos e serviços – os quais continham informações em um único local, como entidades de ensino e pesquisa, órgãos públicos, empresas, bibliotecas ou arquivos, entre outros.

Com a pandemia do Coronavírus, o trabalho remoto home office, que já é possível há mais de duas décadas, tornou-se uma necessidade e mostrou ser uma solução para muitas atividades. Não há por que ir a um local de trabalho se quase tudo que está lá pode ser acessado por meio do nosso computador, de casa. Em muitos casos, não há razão para que se atenda um cliente em um balcão, fazendo-o deslocar-se, se podemos atendê-lo por Internet, ouvindo-o, visualizando-o, fornecendo e/ou recebendo seus documentos via rede.

          Evidentemente, há trabalhos que exigem a presença física – nas obras, nos hospitais, nos esportes, dentre outros. Mas, para muitas atividades, isso não é imprescindível. Por exemplo, em algumas situações bem avaliadas e com o planejamento adequado, professores podem dar aulas em sistema de ensino a distância; arquitetos e engenheiros podem projetar juntos, em softwares e/ou aplicativos, os quais permitem, inclusive, a atuação simultânea de profissionais que estão em locais bastante distantes. São muitos os profissionais que, como advogados, administradores, bibliotecários, contadores e tantos outros, podem realizar seus trabalhos, completamente ou em parte, de modo remoto. Até mesmo a fiscalização de trânsito e de obras pode ser feita por meio de câmeras.

É claro, não se pode fazer uma cirurgia dentária home office, não se pode atender um paciente para procedimentos, exames, alguns tipos de tratamento nem cirurgias a distância. Não se pode fazer análises clínicas sem um laboratório. Não há como prender bandidos por meio de home office, mas, sempre é possível flagrá-los em ação por câmeras, bem como interrogá-los e lavrar termos por Internet. Não há como orientar o trânsito em acidentes, recolher vítimas, transportar mercadorias, executar obras, atuar em partes da manufatura de produto home office, mas, há outras tantas milhares de tarefas que, sim, podem ser realizadas remotamente, sem qualquer prejuízo.

Por que, então, fazer multidões se deslocarem de casa para o local de trabalho diariamente? Por que gastar energia, água, produtos de limpeza, serviços de limpeza, conservação e segurança para manter salões atopetados de funcionários se podemos dispensar tudo isto e ter o trabalhador atuando da sua casa, onde tudo isto está ou pode ser suprido?

Em tempos de pandemia, por que submeter multidões ao risco de contágio para estarem em locais comuns de trabalho? Deixemos isto para os trabalhadores da saúde e da segurança, das obras, dos salões de beleza, entre outras atividades, onde o atendimento presencial é necessário. Aproveitemos esta crise para atualizar nossas formas de trabalho, há lições a aprender que nos recompensarão com mais eficiência, menos poluição, menos engarrafamentos, menos acidentes de trânsito e menos contaminações.

Para aqueles que se preocupam com a produtividade ou, simplesmente, com o cumprimento de horários, há formas simples, informatizadas, para medir o resultado do trabalho e para verificar se o trabalhador está atuando nos horários estabelecidos.

          Por outro lado, a pandemia vem demonstrando que há uma comunidade menos assistida, sem acesso à internet, celular e com dificuldades no mundo digital. São milhares de pessoas que necessitam ser inseridas gradualmente nas plataformas digitais, como forma de avançarem rumo à plena cidadania – outro viés do mesmo tema, que também já exige debate.

#Se puder, fique em casa!

ASTEC – Diretoria Executiva 2019/2020
RESISTIR E AVANÇAR

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