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Astec, em conjunto com Simpa, Asta, Senge e Sindicato dos Arquitetos, se reúne com secretário da SMOV para buscar o fim das retaliações aos técnicos que defenderam direitos dos municipários durante a greve

(Fotos: Anna De Carli/CarliCom)
(Fotos: Anna De Carli/CarliCom)

Na manhã da sexta-feira, 19 de agosto, o secretário de Obras, Rafael Fleck, atendeu solicitação de agenda encaminhada pela Astec, e recebeu a associação junto com Simpa, Asta, Senge e Sindicato dos Arquitetos. O objetivo do encontro foi encaminhar o fim das retaliações a seis servidores, entre os quais, quatro técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Viação (SMOV), que participaram da greve na campanha salarial do dissídio 2016: os arquitetos Paulo Loge,  Jorge Konrad e Débora Postingher e o eng. eletrônico Jorge Stallbaum. Durante quase duas horas de discussão, o secretário mostrou-se irredutível no sentido de manter as realocações, mesmo após o esclarecimento de que a Lei 5194/1966 é rígida e que por certo, o arq. Jorge Konrad será processado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RS), por exercício ilegal da profissão de engenheiro, caso execute as atividades que lhe foram atribuídas após o remanejo. Contudo, ao final do encontro, Rafael Fleck concordou em reavaliar as questões e marcar nova reunião para a próxima sexta-feira, 26 de agosto, às 8h30min.

Durante o encontro, os representantes das entidades explanaram as dificuldades surgidas em decorrência da realocação dos servidores em locais distintos, afastando-os de projetos em andamento, e foram unânimes na avaliação de que o remanejo é, na realidade, uma forma de punição aos técnicos que participaram da greve. A presidente da Astec, biól. Isabel Junqueira, argumentou que pessoas que fazem greve trazem benefícios para todos os municipários, e que seria positivo que o episódio servisse para provocar reflexão sobre por quê crucificar alguns que lutaram por uma correção salarial que beneficiou todos? “Será que o índice de reposição teria sido o mesmo sem a greve”, questionou a presidente da Astec. “Por certo que não!”, respondeu ela, e salientou que “uma remuneração mais justa beneficia inclusive a gestão, porque motiva os servidores, fazendo com que sejam ainda mais comprometidos.”

De acordo com o secretário Rafael Fleck, “não existe perseguição aos grevistas”. Ele assegurou que respeita o direito de greve e que as realocações foram todas feitas a bem do serviço público. Tanto que a transferência da arq. Débora Postingher foi cancelada, porque ela está envolvida em um importante projeto da SMOV. Ao argumento, a própria arquiteta contrapôs que os engenheiros Jorge Konrad e Jorge Stallbaum também integram o referido projeto. “Por que eles foram afastados do projeto?”, perguntou Débora Postingher.

Fleck afirmou, ainda, que “as portas para uma negociação não estão e nunca estarão fechadas”, entretanto, “as movimentações impostas só não foram maiores por causa do período eleitoral. Se pudesse, teria feito mais alterações”, garantiu o secretário.

Raul Giacobone, associado da Astec e diretor do Simpa, informou ao secretário que as transferências, o subaproveitamento dos servidores e as perdas das funções gratificadas resultam na intenção do Sindicato de denunciar a pressão exercida sobre os servidores, obrigando-os a executarem atividades não pertinentes aos cargos para os quais prestaram concurso, com isso sujeitando-os a serem punidos por seus conselhos profissionais, como está ocorrendo com o arq. Jorge Konrad, transferido para uma função de fiscalização de qualidade de asfalto, em serviço prestado por empresa terceirizada.

ASSOCIATIVISMO FORTE SE FAZ COM UNIDADE E AÇÃO.

ASTEC – DIRETORIA EXECUTIVA 2015/2016

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